quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sobre a arte, ou a falta dela.

Desde os primórdios do ser humano, acompanha-se a manifestação da arte, juntamente ao desenvolvimento das capacidades intelectuais do homem.
O desenho, a música, esculturas, pintura, a dança, até mais tarde, a escrita.

Eu sempre achei que a arte fosse a forma que o humano encontrou para se manifestar, para se diferenciar dos animais irracionais. E estudos antigos provam, que a arte foi também evolução.
Pelo menos, era o que eu pensava.

Hoje a arte é bem mais seletiva, e ser artista é muito mais difícil do que se imagina. Ganhar dinheiro fazendo "arte de verdade" é um privilégio para poucos, pouquíssimos, bons e sortudos.
A arte não é talento, como erroneamente acreditamos.

Minha antiga professora de pintura repetia, quando eu reclamava da minha falta de talento:
"O talento é apenas 5% do artista, os outros 95% são dedicação e vontade. Qualquer pessoa é dotada desses 5%, os outros 95% é que são realmente difíceis de encontrar."

Eu concordo com ela. Conheci alguém que demonstra extrema dedicação e vontade, digamos que se o talento é apenas 5%, ele está quase atingindo a perfeição.
Mas voltando...

Eu gosto de desenho e de música. Atuais e antigos. Não tenho restrições quanto a isso, ou ao menos, não tinha.
Acredito que o ser humano entrou numa fase de regressão, ele está "emburrecendo" (assim como eu fiz, ao dizer essa palavra).

"Bota a mão na cabeça que vai começar
O Rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation
O Rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation..."

Já vi muitas modas virem, pegarem e sumirem.
Mas, e se uma moda maldita como essa, vem e fica?
O que será das crianças? - Sim, percebam que eu detesto essa música.

Eu acreditava que a arte era expressão de sentimentos do ser. Amor, frustrações, dor, tristeza...
Essa música, e não apenas essa, carece de qualquer sentimento que seja!
Isso não é arte, nunca será!

Qual o sentimento empregado? Além da intensa vontade de mexer o quadril com a mão na cabeça? Se alguém encontrar algum, por menor que seja, eu retiro o que disse.
Dirão:

Mas Aline, e a dança? A dança é arte, ora bolas!
Para esses que tiverem coragem de perguntar, lanço apenas um olhar frio, seguido de um longo suspiro de desistência.

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